aquelas tardes, vêm
matar-me a sede do antigamente
em que eu e vocês
príncipes e princesas sem o sabermos,
púnhamos e tirávamos nossas coroas
comendo rebuçados de fruta de tostão....
havia o verde...
noites de verão
mesmo,mesmo de verão...
debruçávamo-nos nas grades sonho
do terraço
bebendo copos de refresco royal
e sentia- mo-nos dali
uns dos outros, pegados
àquele chão...
não tinha-mos a noção que
a nossa felicidade estava,
na facilidade com que trocávamos as nossas
coroas....bebendo refresco royal
simples,inocentes.....nós,os seis.
YOLANDA
YOLANDA BOTELHO
EU,YOLANDA
Este "meu" Desassossego...
Tudo quanto fazemos, na arte ou na vida, é a cópia imperfeita do que pensámos em fazer. Desdiz não só da perfeição externa, senão da perfeição interna; falha não só à regra do que deveria ser, senão à regra do que julgávamos que poderia ser. Somos ocos não só por dentro, senão também por fora, párias da antecipação e da promessa |
Fonte: "Livro do Desassossego" Fernando Pessoa |
Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida |
Fonte: "Livro do Desassossego Autor: Fernando Pessoa |

quinta-feira, 16 de abril de 2009
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Este teu poema mexeu comigo como um batido bebido há muitos anos perto do local onde morava o artista José Franco, falecido há dias.Ah, doce nostalgia...
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