NÃO CONSIGO CALAR-ME.
NÃO CONSIGO SER SUBMISSA.
NUNCA FUI DISCIPLINADA.
PENSO QUE É UM CRIME APRISIONARMOS
TODOS OS NOSSOS SONHOS E ESPERANÇAS
NO CORAÇÃO.
O MAR.
O AMPLO HORIZONTE
O NOSSO HORIZONTE,
É NOSSO.
TEMOS QUE LUTAR POR ELE
FAZENDO COM QUE NELE CAIBA TUDO
PARA QUE POSSAMOS RESPIRAR.
O GRITO,
O CHORO,
OS BRAÇOS ABERTOS.....
VERDADEIRAMENTE ABERTOS,
ONDE TODOS CAIBAM
SEM MEDOS....
SENTINDO-SE ABRAÇADOS,
AMADOS INCONDICIONALMENTE.
PODEM DESCANSAR A CABEÇA EM MEUS BRAÇOS
NÃO TENHO MEDO QUE ME PEGUEM AS IDEIAS,
MAS GOSTO QUE ME DEIXEM ALGUNS SONHOS.....
NÃO PARA MIM......
MAS PARA OS FAZER VOAR.
E AO TORNA-LOS PÁSSAROS,
SE SINTAM MAIS SEGUROS E FELIZES
JÁ QUE DESCANSARAM A CABEÇA NOS MEUS BRAÇOS
E TODAS AS NUVENS SE DISSIPAREM NO HORIZONTE....
NUNCA FUI DISCIPLINADA
CONTUDO A SENSIBILIDADE TRAI-ME.
YOLANDA
YOLANDA BOTELHO
EU,YOLANDA
Este "meu" Desassossego...
Tudo quanto fazemos, na arte ou na vida, é a cópia imperfeita do que pensámos em fazer. Desdiz não só da perfeição externa, senão da perfeição interna; falha não só à regra do que deveria ser, senão à regra do que julgávamos que poderia ser. Somos ocos não só por dentro, senão também por fora, párias da antecipação e da promessa |
Fonte: "Livro do Desassossego" Fernando Pessoa |
Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida |
Fonte: "Livro do Desassossego Autor: Fernando Pessoa |

Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
este poema és tu a tua sensibilidade e irreverencia bjs
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarQuando tentam calar aquilo em que acredito, fecho os olhos, respiro fundo e volto a ser "eu".
ResponderEliminarMuito bom, parabéns.!