e assim chegam as velhas falsidades
antigas invejas
corpos discordantes.
o seu vento abate a pureza
tudo arrasa em redor
que poder tem a vulgaridade
das infelizes mulheres mal amadas
atordoadas nos seus frustrados intentos
olham para o espelho
e ele quebra-se.
assustadas refugiam-se em sarcasmos
com a cara entre as mãos.
nos recantos dos seus quartos de pedra fria.
YOLANDA
YOLANDA BOTELHO
Este "meu" Desassossego...
Tudo quanto fazemos, na arte ou na vida, é a cópia imperfeita do que pensámos em fazer. Desdiz não só da perfeição externa, senão da perfeição interna; falha não só à regra do que deveria ser, senão à regra do que julgávamos que poderia ser. Somos ocos não só por dentro, senão também por fora, párias da antecipação e da promessa |
Fonte: "Livro do Desassossego" Fernando Pessoa |
Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida |
Fonte: "Livro do Desassossego Autor: Fernando Pessoa |
domingo, 25 de abril de 2010
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Forte.Acutilante mas completamente verdadeiro.Acho triste quando deixamos que a mágoa de não sermos amados nos afaste do Amor.Mas se ele não estiver em nós como é que o vamos reconhecer...
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