HOJE ERA DIA DE PALAVRAS
QUEBRADAS DE SILÊNCIO.
OS MEUS CABELOS MOLHADOS
DO RIO QUE AGORA ME ATRAVESSA,
MERGULHARAM OUTRA VEZ
NESTE RITMO DE ESPERA SINCOPADA.....
NESTA PONTE QUE NÃO CAI NUNCA.
NESTA PONTE NUNCA ATRAVESSADA POR TI.
SOMENTE, POR VEZES, A BARCAÇA DAS PALAVRAS
ATRACA AO MEU CORAÇÃO
E AÍ HÁ CONCHAS NOS MEUS OMBROS E ESTRELAS
DO MAR NOS MEUS OLHOS.
TODAVIA ,SOMENTE FANTASIAS DA MENTE
PERTURBADA PELO SILÊNCIO
DE TI.....E UMA ANCORA SEM BARCO
CRAVADA EM MEU CORAÇÃO.
HOJE AS PALAVRAS FORAM GAIVOTAS
VOARAM LONGE..... YOLANDA
YOLANDA BOTELHO
Este "meu" Desassossego...
Tudo quanto fazemos, na arte ou na vida, é a cópia imperfeita do que pensámos em fazer. Desdiz não só da perfeição externa, senão da perfeição interna; falha não só à regra do que deveria ser, senão à regra do que julgávamos que poderia ser. Somos ocos não só por dentro, senão também por fora, párias da antecipação e da promessa |
Fonte: "Livro do Desassossego" Fernando Pessoa |
Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida |
Fonte: "Livro do Desassossego Autor: Fernando Pessoa |
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário