Passando
e todos os dias queria
e não conseguia.
Era uma força maior,
dessas forças
como ondas do mar,
ou vendavais....
e eu queria....
mas ia andando,
vendo,
sentindo,
imaginando,
não pensei na diferença.....
essa diferença que mata e corrói
essa força oposta.
A força,
das chaves trocadas
de propósito,
para não se abrirem as gavetas da alma,
esse líquido, chamado cinismo,
que escorre e queima com desdém
tudo que é autêntico,
tudo que se desejaria ser e não se é.
As folhas calcadas e as andorinhas,
mortas à pedrada...
que voluntariamente
se cravam no coração
dos outros.....
não pensei na diferença....
não pensei.
Conversas desdenhosas,
desencantadas e patéticas
com seres ainda mais patéticos.
Ia passando e vendo
e todos os dias queria
e não conseguia .....
cortar,deixar....
até que tu,de quem nem sequer
sei o nome,
me ofereceste
o caderno....
Aí vinha a minha história escrita,
e uma página marcada com uma rosa,
onde podia ler-se toda a história da diferença
entre o bem e o mal.
Yolanda
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